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sábado, 18 de maio de 2013

TROLLS

 


Primeiro episódio: O COMEÇO DE TUDO
Segundo episódio: ROCK, BATERIA E PRIMEIRA BANDA
Terceiro episódio: COVA RASA E INFLUÊNCIA DO SEPULTURA

Lenon, baixista, era um ano mais velho do que eu, extremamente inteligente - inteligência que definiria todo o seu futuro, e o meu também; mais pra frente vocês vão entender - havia estudado comigo no início do ginásio. Ele estudava música fazia uns três anos. Na escola de música, conheceu o Marcelo, um guitarrista muito virtuoso e conhecido no bairro. Os dois juntavam forças e queriam construir algo grandioso, com visão. Foi o Lenon que me convidou para fazer um teste com eles. Desconfio que não foi pela minha habilidade com a bateria, mas porque eu tinha uma - comparado aos dois, minha habilidade era pouca.

Nessa época, eu com 18 anos, achava que seria realmente um músico profissional. Além de nós três, eu, Lenon e Marcelo, juntaram-se o vocalista Robson e o tecladista Daniel, que era apenas um guri de 12 anos. A banda tinha se desenvolvido assim: primeiro tocávamos covers do Black Sabbath em algumas baladas que existiam na época como o "Arcadas do Rock"; depois, investimos na construção de um local próprio de ensaios - um local de verdade mesmo, um estúdio na serralheria do pai do Lenon - e canções autorais. A banda foi batizada de "Trolls".

Se hoje o nome "Trolls" tem uma conotação pejorativa em tempos de internet, naquela época o significado era outro. O nome veio de um livro de mitologia nórdica, que não sei como surgiu um dia na sala de ensaios. Trolls eram seres pequenos, conforme descrevia o livro, com narizes enormes que eram usados para misturar coisas dentro de um caldeirão. Adotamos o nome porque era curto e a descrição das criaturas nos apeteceu.

Os ensaios viviam cheios de amigos e conhecidos. Os shows também. A banda gozava de certo prestígio e visibilidade no bairro e na região. Senti o gostinho de ser conhecido e gostei. Queria ainda mais daquilo, e ser conhecido na cidade, depois no estado, Brasil e quem sabe no mundo era questão de tempo, bastava fazer as coisas certas.

[Veja as fotos da banda:







CONTINUA... 

> Jader recomenda: Evile - Head of the Demon

segunda-feira, 6 de maio de 2013

CAVA RASA E A INFLUÊNCIA DO SEPULTURA









O COMEÇO DE TUDO

ROCK, BATERIA E PRIMEIRA BANDA

Quando conheci a música do sepultura, fiquei totalmente alucinado. Não só pela música que eles criavam, mas por serem parecidos comigo e com meus amigos. Explico: eram brasileiros, começaram com instrumentos precários e, na raça, aprenderam tudo sozinhos. Eram maloqueiros, como eu, no melhor sentido do termo. Haviam se tornado uma das maiores bandas de Heavy Metal do mundo, gigantes mesmo. Coloquei na minha cabeça e na cabeça dos meus amigos Joacir e Maurício que tocavam comigo nessa época: nós seríamos um novo sepultura. Nós tentávamos, pois ainda éramos iniciantes. No pátio do Colégio Estadual Avelino Antônio Vieira, em Curitiba, nascia o "Cava Rasa" - obrigado, Joacir, pela cortesia e originalidade.

O "Cava Rasa" era mais estruturado. Convidamos um vocalista chamado Israel, com a promessa de ensaios semanais e local próprio para ensaios. Bom, a tal "estrutura" era a sala da casa da minha mãe. Nos desenvolvíamos a cada semana e conseguíamos tocar músicas do AC/DC e do Black Sabbath.

Em paralelo à banda, eu seguia praticando e vislumbrando um futuro como músico. Era algo que, mesmo longe de ser alcançado, era um desejo e uma possibilidade. Por que não? Por isso, não pensei duas vezes quando abandonei o "Cova Rasa". Abandonei mesmo, -  nem falei com os caras! - para me juntar com dois excelentes músicos do bairro onde eu morava.


CONTINUA...

Jader recomenda: Sepultura - Arise 



quarta-feira, 1 de maio de 2013

COMPRAR? PRECISA MESMO?



É difícil ter uma biblioteca em casa em um país onde o livro custa tão caro. Que o preço dos livros não é baixo, não discuto, apesar do comercio via internet baratear o cartel das livrarias. Eu pessoalmente adoro comprar livros, mas como ainda não sou rico, não posso ter todos os que eu quero. Mas eis que surge a luz no fim do túnel! Decidi compartilhar alguns dos métodos que eu uso pra ler, ler e ler sem ter que necessariamente comprar.

Método 1: Sabe aquele amigo que, assim como você, compra livros? Sim, pode pedir emprestado!  E seja educado devolvendo os livros, isso te garante a amizade e novos empréstimos. Lembre-se que a recíproca é verdadeira.

Método 2: Bibliotecas públicas existem por um motivo! Por mais que a tia chata cobre multa por atraso, é uma opção.

Método 3: Cancele o iPhone 5 ou o PS3, livros podem ser ótimas opções de presente. Faça o pedido para sua tia que adora te dar meias ou camisetas (que você acaba nunca usando).

Método 4: Roube!

Brincadeira. Não roube! O Ápice da Curva não apoia crimes, mesmo que sejam motivados por cultura.

Método 5: Escambo funcionava na Idade Média e, acredite, funciona muito bem nos tempos modernos. Troque aqueles livros que você sabe que nunca vai ler novamente por outros de seu interesse.

Método 6: Eu não faço, mas conheço quem faça. Estou falando de baixar cópias da internet e ler no computador, no tablet ou no celular. Pirataria? Você faz isso com filmes e músicas, então nada de vir com essa desculpa.

Método 7: Feiras de livro e sebos podem ser muito melhor do que aquela liquidação de shopping. Lá você pode encontrar tudo por um preço bem acessível.

Método 8: E, por último, você já ouviu falar de Excel? Pois bem, este programa da Microsoft, lhe permite fazer ótimas planilhas para controlar o orçamento e separar uma graninha para aqueles livros que não se encaixam nos métodos acima.

Espero ter ajudado com estas dicas. E também se você, leitor, souber de algum outro método, compartilha com a galera!


Texto: Pedro Almeida

terça-feira, 23 de abril de 2013

MORTE SÚBITA - J.K. ROWLING



J.K Rowling ficou famosa pela aclamada série de livros do bruxinho Harry Potter. Os sete livros que compõe a série já foram traduzidos para 73 línguas e ultrapassaram a marca de 450 milhões de cópias vendidas. Agora, a escritora volta a ser assunto com The Casual Vacancy (ou Morte Súbita, na versão em português). Dessa vez, ela deixa de lado a magia de hogwarts e escreve para um publico mais adulto.


A história é ambientada no povoado de Pagford, e tem como tema principal a morte súbita de Barry Fairbrother, que morre ainda na segunda página do livro e mesmo assim é o protagonista das outras 491 páginas. Cada personagem possui uma personalidade fortemente explorada no melhor estilo Rowling. Ela faz com que imaginemos não somente a forma física dos seus personagens, mas também as suas personalidades. É como se soubéssemos o que eles estão sentindo. Nessa história, podemos definir cada pessoa como sendo ao mesmo tempo um herói e um vilão.

Pagford pode ser comparada com a nossa cidade, com a nossa rua, ou até mesmo com nós mesmos. Afinal... quem não tem um segredo? Em Morte Súbita, todos os personagens tem seus mistérios e o clímax da história começa quando eles começam a ser revelados. O interessante está na forma como Rowling sabe encaixar os fatos: é como que se estivesse tudo ao acaso e, ao virar a página, tudo começa a se unir.

Se você achava que Voldemort, o vilão da série Harry Potter, era malvado, você não conhece a verdade sobre as pessoas, Morte Súbita nos deixa uma mensagem no ar e nos faz pensar “o que as pessoas são capazes de fazer para defender seus interesses?  Até que ponto o ser humano consegue suportar as mais controversas situações?”. Imperdível!


E você? Por que ainda não começou a ler Morte Súbita?

Ficha Técnica
Nome do livro: Morte Súbita
Titulo Original: The Casual Vacancy
Autor: J.K. Rowling
Editora: Nova Fronteira
Ano de Publicação: 2012
Páginas: 501


Texto: Pedro Almeida

terça-feira, 2 de abril de 2013

ROCK, BATERIA E A PRIMEIRA BANDA










PARA ENTENDER, LEIA O COMEÇO DE TUDO!

No começo da minha adolescência, descobri e comecei a acompanhar muitas bandas, grande parte delas eu escuto e sigo até hoje. Iron Maiden, Black Sabbath e Megadeth abriram minha mente e pavimentaram o caminho para muitas outras que, se eu for mencionar aqui, gasto o texto todo. Enquanto descobria novos sons, foi algo natural eu me interessar em tocar algum instrumento. Optei pela bateria por um simples motivo: quando eu tive a oportunidade de ver uma de perto, consegui tocá-la com desenvoltura suficiente para acompanhar uma melodia.

Eu havia dito que instrumentos decentes eram caros, lembram? Uma bateria então, por mais humilde que fosse, custava um bom dinheiro. Consegui comprar uma bateria, de cor preta, dessas bem simples mesmo - comprei com minha indenização trabalhista, é bom ressaltar.

Mamãe enlouqueceu com o barulho, os vizinhos também. Eu praticava por várias horas no dia, e já conseguia acompanhar as canções com estruturas mais simples. Então comecei a procurar outros músicos iniciantes como eu, no intuito de montar minha primeira banda. Nem foi preciso garimpar muito longe. No círculo de amigos que eu tinha, existiam três ou quatro pessoas com o mesmo gosto musical e a mesma inclinação para montar um grupo de metal.

Minha primeira tentativa de ter uma banda - e você já vai entender o porquê da tentativa - foi batizada com o curioso nome de "Hemorróidas do Satã". A lógica do epíteto - pelo menos para mim - era óbvia. Se o cramulhão é um ser mau, imagine um capiroto com uma inflamação retal? Deveria ser ainda mais impiedoso. Esta banda, porém, nunca passou do primeiro ensaio.

CONTINUAÇÃO:


> Jader recomenda: Metallica e Ozzy Osbourne - Paranoid


sexta-feira, 22 de março de 2013

UMA OUTRA FORMA DE LEITURA



O Ministério da leitura adverte: ler faz bem! Por mais que nosso ex-presidente possa dizer que ler é chato, continuo adepto às comprovações científicas dos benefícios da leitura. Ela melhora a capacidade cognitiva das pessoas, aumenta o repertório, melhora o raciocínio lógico e a capacidade de elaboração de redações. E, é claro, livros são ótimas válvulas de escape.

Bom, mas sabe o que é melhor do que ler livros? É ler pessoas, cada pessoa é um livro aberto, uma história a ser explorada. E para isso basta você querer, e procurar conhecê-las. Talvez você se pergunte: isso é uma coluna de literatura o cara vai ficar falando de coisas humanas? Sim, eu vou. E vou defender meu pensamento com fortes argumentos.

Porque ler pessoas é melhor do que ler livros? Enquanto lemos imaginamos cenas. Acontecemos. Sentimos. Agora, como você vai saber o que Bella sentia por Edward se nunca se apaixonou por alguém? Como você vai entender a amizade de Rony e Harry se não estabelecer laços de amizade verdadeira na vida real? Mais importante do que imaginar personagens é conhecê-los em sua essência. E aquele velho ditado “não julgue um livro pela capa” vale nos dois casos.

Vamos parar de ler e ir pro barzinho? Não exatamente, o que eu quero dizer é o seguinte: leia, leia mesmo, de tudo, de romance a livros técnicos sobre teorias sociológicas. Devore livros, artigos, blogs, folhetos, jornais. Mas não se esqueça de conversar com o vizinho, de cumprimentar a pessoa que senta ao seu lado no ônibus, de sair com os amigos, de comparecer aos almoços de família. Acredite, muito melhor do que ser o protagonista das inúmeras aventuras da terra da fantasia é você ser protagonista de sua própria vida, e tão contagiante quanto as tramas dos impressos é também as tramas da vida dos humanos.














[Texto: Pedro Almeida]

terça-feira, 5 de março de 2013

O COMEÇO DE TUDO...


Eu queria ser músico. Sempre foi meu sonho antes mesmo de realmente querer ser jornalista. Mas enquanto você lê esse texto, milhares de jovens aspirantes a músicos partilham essa vontade, e hordas de bandas ensaiam pelas garagens e estúdios mundo afora. Tenha certeza de uma coisa: a maioria ficará  pelo caminho.

E não é maldade minha. Isso é um fato! Porque é muito difícil levar esse desejo adiante - e eu sei bem disso. Primeiro porque demanda tempo e horas de dedicação e estudo - como qualquer coisa na vida, é claro. Se você possui essas duas coisas combinadas, ótimo. Segundo, e talvez o mais importante, é o dinheiro. Bons instrumentos custam caro e, mesmo que você invista uma boa grana neles, não há garantia de retorno - a não ser aquele prazer que quem domina um instrumento, do oboé à clarineta, sente ao tocar.

Bem, a ideia que me motivou a escrever isso foram as minha experiências como músico em algumas bandas. Para isso, eu preciso deixar claro uma coisa: eu gosto de Rock 'n' Roll e, especificadamente, Heavy Metal. Sim, aquela música barulhenta, que ninguém entende nada e que versa sobre as proezas do demônio. Se você acredita que a definição do Metal é realmente essa descrita acima, desculpe desapontá-lo, mas você está equivocado. Antes de qualquer coisa, o rock e todas suas divisões, sub-divisões e adições são apenas uma manifestação artística em forma de música. Nem melhor, nem pior do que qualquer outra. Apenas diferente? Não sei, talvez seja mesmo.

CONTINUAÇÕES:  



> Jader recomenda: Hangar - Call me in the name of death